O que falta para o Rio ser a capital da Indústria da Música?

Nas terras fluminenses, samba, choro, bossa nova, charme e funk fazem parte da identidade do território e, a partir daqui, ganham o Brasil e o mundo

em 25/04/2025

O que falta para o Rio ser a capital da Indústria da Música?

Por Julia Zardo, Natany Borges e Oswaldo Neto* 

O Rio de Janeiro tem uma relação histórica com a música. Nas terras fluminenses, samba, choro, bossa nova, charme e funk fazem parte da identidade do território e, a partir daqui, ganham o Brasil e o mundo. Esses ritmos estão profundamente conectados à internacionalização da cidade e fazem parte de sua imagem e reputação. A força da música é imensa e vai muito além da percepção do seu papel transformador e do valor artístico intangível. Ela também produz trabalho, renda, estimula o comércio, impacta sistematicamente setores tradicionais, dá voz às comunidades e valoriza territórios. 

A música é ferramenta de desenvolvimento econômico e movimenta o Rio durante todo o ano, por meio de shows nacionais e internacionais e festivais (que integram o calendário da cidade) e do ecossistema musical já presente nos territórios, com seus bailes, festas, pagodes e tantas outras manifestações. Em 2024 foram mapeadas mais de 150 rodas de samba: são músicos, vendedores ambulantes, bares, restaurantes, além das estruturas de palco e som presentes nesses encontros. Só o carnaval do Rio, segundo o governo do estado, movimentou R$ 6,5 bilhões; o show de Madonna, em 2024, trouxe mais R$ 300 milhões para a cidade e a previsão para o show da Lady Gaga é movimentar aproximadamente R$ 600 milhões, prevê a prefeitura. 

Diante desse cenário tão potente e, ao mesmo tempo, orgânico para a cidade, alguns pontos merecem atenção: por que a música não tem seus dados mapeados e organizados? O que estamos perdendo com esta ausência de informações? Como tornar a música do Rio de Janeiro mais conhecida no Brasil e no exterior? O que ganhamos com isso? 

A última edição do Diálogos Criativos, em parceria com o Queremos!, teve o tema como pergunta norteadora para as discussões com profissionais renomados de diferentes áreas, mas conectados pela música e motivados em pensar, de forma coletiva e estratégica, o papel desse segmento como vetor de desenvolvimento. 

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Leia o artigo na íntegra, publicado na coluna Inovação e Sociedade, na Veja Rio 

*Julia Zardo é gerente de Ambientes de Inovação da Firjan. Natany Borges é especialista de projetos especiais na Gerência de Ambientes de Inovação da Firjan. Oswaldo Neto é analista de projetos especiais na Gerência de Ambientes de Inovação da Firjan.